Juliana Velloso Durão tem mais de 15 anos de experiência trabalhando no campo da sustentabilidade, tanto no setor privado quanto no público. Ela é formada em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela London School of Economics and Political Science (LSE). Juliana trabalha atualmente como pesquisadora na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), uma empresa pública federal que tem como objetivo prestar serviços ao Ministério de Minas e Energia (MME) na área de estudos e pesquisas para apoiar o planejamento do setor energético, abrangendo eletricidade e biocombustíveis.

#SheLeadsTheChange
  • Como seu trabalho contribui para melhorar o meio ambiente?  

Eu trabalho no planejamento energético brasileiro, na Empresa de Pesquisa Energética faz quase 10 anos. Em meu dia a dia, pesquiso muito sobre fontes renováveis de energia, que são muito relevantes para transição energética. Além disso, como trabalho na Superintendência de Meio Ambiente, estou sempre analizando as fontes renováveis, principalmente a solar fotovoltaica e o biogás, sob a perspectiva de seus impactos socioambientais, o que é muito relevante para antecipar problemas futuros, que mesmo essas fontes sendo renováveis, podem apresentar. Meu trabalho acaba sendo apaixonante por eu estar sempre aprendendo e tendo contato com temas novos e que são estratégicos para o desenvolvimento da sociedade.  

  • Você vê a LCBA como um bom parceiro para a transição energética no Brasil? 

Sim, super importante. É fundamental o trabalho de instituições como a LCBA, que atuam para apoiar as empresas na transição sustentável para uma economia circular e de baixo carbono. No caso brasileiro, apesar de termos uma matriz elétrica majoritariamente renovável, precisamos avançar em muitos aspectos em prol de uma transição energética justa e inclusiva. Além disso, sobre a agenda de economia circular, a maioria das ações empresariais nesta área, não são estruturais. É necessário o repensar das estratégias, modelos de negócios contemplando diretrizes da circularidade e o compromisso com um futuro baixo carbono.  

  • Você pode nos dizer mais sobre Global Women’s Network for Energy Transition (GWNET) ?

Em 2021, fui selecionada para participar do programa de mentoria ‘Energising Women to Advance the Energy Transition` da Global Women`s Network for The Energy Transition (GWNET).   

A GWNET recebeu inscrições de mulheres que trabalham com energia sustentável nos seguintes países: Brasil, Chile, México, Argélia, Jordânia, Marrocos, Arábia Saudita, Tunísia, Etiópia, Índia e China. No Brasil, 12 mulheres foram selecionadas para participar do programa. 

O objetivo do GWNET é empoderar mulheres no setor de energia por meio de treinamento, mentoria e networking. A instituição busca abordar os atuais desequilíbrios de gênero no setor e promover ações com perspectiva de gênero em torno da transição energética em todas as partes do mundo. Sabemos como essa agenda é relevante e como precisamos de compromissos e ações que diminuam essa desigualdade.  

A experiência tem sido muito rica. Além de um curso online que aborda questões da transição energética, relacionadas à desigualdade de gênero e aspectos comportamentais, tenho tido mentorias mensais, desde julho de 2021, com uma mentora. No meu caso, ela é nicaraguense e já mora há anos na Alemanha, onde é professora universitária e pesquisa sobre fontes renováveis de energia, focando, atualmente, no hidrogênio. 

A mentoria me ajudou em questões profissionais e pessoais e foi importante para alcançar uma meta profissional que eu havia estabelecido e recomendo muito que outras mulheres se inscrevam neste programa e em outros programas do tipo.  

  • Que outras mulheres te inspiraram em sua carreira?  

Tive e tenho chefes mulheres especiais na minha vida que me inspiraram e me inspiram. Seria injusto citar apenas uma ou algumas. Hoje, por exemplo, tenho chefes maravilhosas e que sempre apoiam meu crescimento. Sou muito grata a todas elas. 

 

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